Este é o meu breve comentário ao filme visionado na aula de Quinta-Feira, dia 1 de Março:
No início deste filme sobre a realidade da cidade peruana de Lima, apercebemo-nos de que as pessoas se sentem altamente frustradas com a crise que afectou o país após severas demonstrações de desonestidade por parte do governo do mesmo. A classe média, fundamentalmente, vê então decair a sua condição social entre os anos de 85/90. Famílias na sua grande maioria extensas, habitam agora em ruas imundas, em casas sem electricidade e cujas condições se revelam de extrema precariedade. Pai e/ou mãe encontram-se na necessidade de se sujeitar a empregos que, a muitos, não agrada(m) particularmente. [É o caso] da profissão de taxista abordada (...) no filme. Relativamente [à] profissão [de taxista], [no Perú] não é necessária uma especialização, unicamente um selo de TAXI que se poderá comprar a qualquer vendedor de rua (...). Falando no geral, irei recorrer a um momento do filme que é marcado pelo seguinte: uma das pessoas dá-nos a perceber uma frase de um poeta que posteriormente seria utilizada como o título para o próprio filme - "Metal e Melancolia" - onde o metal seria sinónimo de uma população que se tornara "dura" mediante a situação que atravessaria na altura, paralelamente a uma "melancolia" que sente ao relembrar tempos que já foram e que julgam voltar mais. (...) Contudo, ainda existe uma réstea de [optimismo] pois as pessoas tentam aproveitar aquilo de bom que ainda resta, e aquilo que a vida dá (relembro o caso de um pai que fala do bom da vida a uma sua filha que se encontra seriamente doente). Fazendo então uma conclusão (...) poderia dizer que falamos de homens, mulheres, crianças e idosos que se sujeitaram às dificuldades diárias que implica[m] viver no Péru: o filme é um espelho da realidade social de vidas de pessoas que aprendem a viver, arranjando soluções para o fazer da melhor maneira que lhes é possível.
Raquel Batista (Ab2)
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