O porquê do recurso à condução de um Táxi no Peru pode ser o mesmo noutras partes do Globo.
São motivações várias, quase sempre relacionadas com a necessidade de uma resposta a necessidades que uma sociedade de consumo obriga, e que levam pessoas a recorrer a um segundo e até terceiro trabalho.
Facto curioso é a rapidez com a qual se transforma o veículo familiar num veículo de transporte de passageiros. Tal situação leva-me a pensar no obstáculo que reside na eliminação de uma premissa que hipoteticamente presidiu à aquisição de um veículo: “O bem-estar da minha família nas viagens a realizar na vida útil do automóvel e na vida de cada um de nós”.
Ora, são as necessidades inerentes ao bem-estar das nossas famílias durante a viagem de uma vida que podem motivar a entrada de milhares de estranhos, com todos os perigos inerentes a isso, no veículo que cada um de nós adquiriu.
Como alguém dizia no início do filme «Não nasci para ser taxista». Numa perspectiva de salvação de cada um, ou recurso para fazer face a problemáticas de ordem politica e social, ninguém nasceu para ser taxista. O prazer da condução é permanentemente conjugado com a insegurança e com a agonia da prática de algo que é semelhante a um último recurso antes da degradação humana. Afinal, como os Peruanos, todos nascemos «Ternos» e não só o Peru é feito de «Metal e Melancolia».
O ser homem ou ser mulher, policia ou escriturários não são factores impeditivos da prática do transporte de outros no veículo que com um autocolante se transforma num transporte público. Como se pode ver, não optei por falar no caso peruano como algo único, para optar por um discurso global e com motivações idênticas em qualquer parte do mundo. Todos nós nos relacionamos com o trabalho que adquirimos como se de um carro (Táxi) se tratasse. Falamos com ele e até cantamos para ele, para que não pare ou para que ninguém nos tire esse recurso que significa sustento, até porque «a vida é digna de ser vivida» como diz o pai da criança de cinco anos, com leucemia que também é taxista nas ruas de Lima para sustentar a sua família.
Talvez a diferença maior resida na rapidez com que, num qualquer semáforo de Lima se pode comprar a uma criança de quatro anos, que afirma ser comerciante (e não criança), um autocolante que tem um custo a rondar 1 Sol, que diz “Táxi” e que depois de colado no vidro do veículo, transforma a vida de qualquer dono de um carro.
Afinal, qualquer um de nós, já conduziu, conduz ou poderá vir a conduzir um Táxi para que a viagem das nossas vidas continue aqui ou no Peru.
Mário Rui Souto (AB2)
São motivações várias, quase sempre relacionadas com a necessidade de uma resposta a necessidades que uma sociedade de consumo obriga, e que levam pessoas a recorrer a um segundo e até terceiro trabalho.
Facto curioso é a rapidez com a qual se transforma o veículo familiar num veículo de transporte de passageiros. Tal situação leva-me a pensar no obstáculo que reside na eliminação de uma premissa que hipoteticamente presidiu à aquisição de um veículo: “O bem-estar da minha família nas viagens a realizar na vida útil do automóvel e na vida de cada um de nós”.
Ora, são as necessidades inerentes ao bem-estar das nossas famílias durante a viagem de uma vida que podem motivar a entrada de milhares de estranhos, com todos os perigos inerentes a isso, no veículo que cada um de nós adquiriu.
Como alguém dizia no início do filme «Não nasci para ser taxista». Numa perspectiva de salvação de cada um, ou recurso para fazer face a problemáticas de ordem politica e social, ninguém nasceu para ser taxista. O prazer da condução é permanentemente conjugado com a insegurança e com a agonia da prática de algo que é semelhante a um último recurso antes da degradação humana. Afinal, como os Peruanos, todos nascemos «Ternos» e não só o Peru é feito de «Metal e Melancolia».
O ser homem ou ser mulher, policia ou escriturários não são factores impeditivos da prática do transporte de outros no veículo que com um autocolante se transforma num transporte público. Como se pode ver, não optei por falar no caso peruano como algo único, para optar por um discurso global e com motivações idênticas em qualquer parte do mundo. Todos nós nos relacionamos com o trabalho que adquirimos como se de um carro (Táxi) se tratasse. Falamos com ele e até cantamos para ele, para que não pare ou para que ninguém nos tire esse recurso que significa sustento, até porque «a vida é digna de ser vivida» como diz o pai da criança de cinco anos, com leucemia que também é taxista nas ruas de Lima para sustentar a sua família.
Talvez a diferença maior resida na rapidez com que, num qualquer semáforo de Lima se pode comprar a uma criança de quatro anos, que afirma ser comerciante (e não criança), um autocolante que tem um custo a rondar 1 Sol, que diz “Táxi” e que depois de colado no vidro do veículo, transforma a vida de qualquer dono de um carro.
Afinal, qualquer um de nós, já conduziu, conduz ou poderá vir a conduzir um Táxi para que a viagem das nossas vidas continue aqui ou no Peru.
Mário Rui Souto (AB2)
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