Sunday, March 4, 2007

Metal e Melancolia - comentário de Jorge Santos Simões



Do visionamento, em aula, do documentário “Metal e Melancolia” de Heddy Honigman, retirei as questões seguintes:
- Como, face à alteração do contexto político e consequente crise económica, as pessoas se organizam e ‘inventam’ estratégias de sobrevivência para resistirem à degradação do seu estilo de vida e consequente perca de um certo ‘estatuto social’, dando origem a novas identidades ou, melhor dizendo, identidades fragmentadas.
- No caso analisado, e no seu aspecto económico, para além da actividade de taxista, exercida geralmente como segunda profissão, encontramos o táxi como lugar de outras ‘trocas’ económicas e ainda o desenvolvimento de actividades subsequentes como a venda dos dísticos.
-O táxi constitui-se também como um espaço de sociabilidade diferente. Destaco aqui a história do jovem apaixonado que não partiu para Itália porque ponderou e receou o preconceito, consciente da possível discriminação relativamente a marcadores corporais, a uma cultura diferente, aspectos eventualmente vistos como ‘inferiores’em Itália.
- Identifica-se a ‘família’ como elemento estruturante e transversal nos elementos do grupo, na medida em que a referem sistematicamente como a motivação para as novas actividades que desenvolvem.
- Articulando família, género e valores sublinha-se, por exemplo, o caso da mão solteira cujo pai aceitava mal essa situação. Constatamos também como os papéis de género se alteram em diferentes contextos – as mulheres começam a desenvolver uma actividade que era do domínio do masculino.
Jorge Manuel Santos Simões (AA2)

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